Performance Inédita: A Fenda- Somacorpo.
Nossos corpos são controlados desde que estamos no ventre materno. Existe uma expectativa muito grande compartilhada entre os membros de uma família sobre o que a criança será: é menino ou menina? Quem vai ser o padrinho? Vamos fazer esse chá de bebê logo! Para a criança menino, o quarto é azul, carrinho de presente, blusa de time, Enzo, Mateus, Gabriel. Para a menina, bonecas, fogão, vestido rosa e a lamentação do furo na orelha mesmo que doa. “Sinto pena, mas é para não confundirem com menino”, dizem alguns pais. Segundo Beatriz Preciado (2013), “A criança é um artefato biopolítico que garante a normalização do adulto. A política de gênero vigia o berço de seres que estão para nascer (...). Mas, o que fazer com os corpos que escapam? Como lidar com a menina, chegando na adolescência, que quer raspar o cabelo, jogar bola, soltar pipa e diz Coê, mano? E aquele garoto que começa usar o salto alto de sua mãe em casa, colocar toalha na cabeça após o banho e mija sentado? A resposta é lidar normalmente. Não reprimir, nem agredir. É somente a aventura da infância. Essas expressões não significam nada. Nada tem haver com o desejo sexual que poderão manifestar pela frente. Normalmente o que os pais, as família mais temem é que a sua criança seja “viada” (“viado” ou “sapatona”).
A roda de conversa é para falar sobre orientações sexual, expressão de gênero na infância. Torne-se urgente este debate, sobretudo após a polêmica que envolveu a obra de arte CRIANÇA VIADA da artista cearense Bia Leite. Então, Qual o papel da escola diante dessa questão? “Que discursos e práticas são acionadas na escola diante de uma infância que desafia as normas de gênero? E de adolescentes que se assumem LGBT? Como a escola já vem atuando para "curar" quem foge da cis-heterossexualidade? Como a censura tem se instalado na escola?”.(parágrafo adaptado)
Realização:
UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA
DIRETÓRIO CENTRAL DOS ESTUDANTES
COORDENAÇÃO DE DIVERSIDADE SEXUAL
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